O AMOR É LIVRE. SERÁ QUE O QUEREMOS ASSIM?



Sabemos o que é o AMOR? Será que o que procuramos é, realmente, AMOR?

Muitos dizem procurar um AMOR para compartilhar a vida, os momentos, para ter companhia, pois assim serão felizes. Estes querem encontrar o AMOR ou um animal de estimação?
Outros muitos se dizem incapazes de AMAR, que não nasceram para isso. Ou será só medo de ficar vulnerável?
Tem ainda quem diz que esse negócio de AMOR não existe, que é uma invenção humana, assim como Deus. Tem inclusive grupos de cientistas querendo provar isso. Fico impressionada de ver a que ponto chegou o egocentrismo!

A grande questão é que pensamos no AMOR assim como as religiões pensam em Deus. Queremos aprisioná-lo, o queremos só para a gente, e que ele se comporte da forma como esperamos, caso contrário não será mais o nosso AMOR. Será que isso é AMOR?

Nesse mundo conturbado em que vivemos, o AMOR não tem vez. O AMOR é livre e alegre, não gosta de coisas como o poder. É comum ouvir falar que alguém matou por AMOR. Eu me pergunto, se o AMOR é livre e alegre, como pode uma coisa dessas? Essas pessoas fazem atrocidades por qualquer outro motivo, não por AMOR. É como falar em Guerra Santa, uma expressão incompreensível. Possessão, egoísmo, carências...isso temos de sobra nessa sociedade doente. AMOR não!

Acontece que nascemos nesse meio, não sabemos agir diferente. Essa doença é hereditária, são poucos os que conseguem “se curar”. Veja que escrevi “se curar”, para sair dessa prisão não podemos esperar um remédio que venha de fora, o “fora” está doente e só produz mais doença. A chave está dentro, na autocura, na autoajuda, e tudo começa com o autoconhecimento. Já falei antes, mas vale repetir: buscamos o AMOR (seja lá o que achamos que isso signifique) mas não queremos entregar o nosso. Falamos mal de quem não nos amou da forma como esperávamos, mas e nós? Nos doamos à relação assim como esperamos que o outro se doe?

Somos cheios de bloqueios, medos, resistências e, por isso, temos tantos desejos insatisfeitos. Não adianta querer um AMOR dessa forma. Precisamos chegar à raiz dos problemas e nos libertar dessas amarras, caso contrário o AMOR baterá na nossa porta e não abriremos. Ou até abriremos, por um instante e, mesmo com medo, arriscaremos ser AMADOS, mas ficaremos perto da porta para que possamos correr ao menos sinal de perigo. Se não estamos seguros o suficiente para ser vulneráveis, não poderemos desfrutar de um relacionamento duradouro, pois ninguém é perfeito o tempo todo, nem nós. É nessa hora que o príncipe vira sapo, a princesa vira bruxa e corremos para dentro e trancamos a porta com medo. Veja a quantidade de separações e casamentos infelizes. As relações ditas amorosas, estão superficiais e descartáveis.
Onde encontraremos o AMOR então?


Existe um livro muito bom que fala sobre essas questões, principalmente para os casados. Com reflexões e exercícios práticos, ele nos ajuda a aprofundar o olhar em nós mesmos e a desatar os nós que seguravam nosso AMOR.

------------- Bruna Pinto


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