EMPATIA OU PROJEÇÃO?
Quando você vê uma
cena de sofrimento, como por exemplo, uma criança doente, sozinha e passando
fome, você procura compreender o que ela sente se colocando no lugar dela?
Quando perdemos um
ente querido, você chora por não poder mais compartilhar momentos e por saber
que não o verá mais em casa; outra pessoa chora por não saber como será a vida
daqui para frente, o ente que se foi era como um pedaço dela, e, além disso,
está com raiva de Deus.
Pensamos de forma
diferente, reagimos às situações de maneiras diferentes. Se quisermos realmente
compreender outra pessoa não podemos nos colocar no lugar dela, temos que “ser”
ela por um instante.
Pois bem, empatia é a
capacidade de sentir o que o outro está sentindo, é entrar na pessoa e esquecer
de você. Já a projeção é se colocar no lugar do outro, só que nesse caso o
sentimento é nosso e não dele.
Entendeu porque nunca
saberemos como a pessoa se sente nos colocando no lugar dela?
Vamos pensar em um
psicopata. É difícil compreendê-lo usando nossos conceitos e valores. Também
não entenderemos um sábio do Tibet, nem nossos filhos ou nossos pais. Levando
em consideração nossos valores, estamos julgando, de alguma forma, o
comportamento alheio e isso nos deixa a uma grande distância do seu coração.
Para a empatia não
tem certo ou errado, justo ou injusto. Esses são conceitos do ego, e ela está
além dele. Quando somos empáticos de verdade, sem projetar, toda a carga
emocional é compartilhada, causando um alívio imediato na pessoa que sofre. No
caso de ser um bom sentimento, ele é multiplicado. Mas precisamos tomar muito
cuidado, pois excesso de empatia sem o exercício da compaixão pode causar
desgaste emocional.
Compaixão significa
compreender o sentimento e agir para o benefício alheio. Agir em prol do outro
não é fazer com ele o que gostaria que fizessem com você, pois isso é projeção. É agir da forma como o outro necessita, é se
esquecer de você e pensar no outro.
Ser empático e ter
compaixão com quem é “bonzinho”, ou doente, ou deficiente físico, é muito
fácil. Mas, e daqueles que tem alguma deficiência não física? Um assassino ou
estuprador, por exemplo. Ou alguém de quem não gosta, como um vizinho
insuportável. Difícil, não é mesmo?
É difícil porque
projetamos nossos valores e julgamos essas pessoas. Acontece que não aprovamos
a atitude delas, seus atos, e esquecemos que se trata de uma pessoa. O
exercício da compaixão se dá quando as percebemos como seres humanos, igual a
mim ou a você, com problemas, traumas, carências, entre outras coisas comuns a
todos nós. Compaixão não significa impunidade, como disse Monja Coen, significa
enxergar o que está por trás dos atos. Perceber alguém que não está sabendo
lidar com sua própria mente.
Para conseguir isso,
antes de tudo, temos de reconhecer nossas próprias características e acolhê-las.
Não conseguiremos ajudar outras pessoas se não ajudarmos a nós mesmos. A
empatia e a compaixão podem ser trabalhadas e desenvolvidas para, assim,
criarmos um mundo mais prazeroso de se viver. E, como para tudo e sempre, a
meditação é um ótimo exercício.
------------ Bruna
Pinto
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