ESSE É O FIM DO MEDO
Tudo o que existe tem
uma função. Tudo colabora com você. Você é poderoso.
“Mas, então, porque sinto tanto
medo?”
Essa pergunta é de
fácil resposta: você sente tanto medo simplesmente por não saber a
sua verdadeira natureza, não saber o seu real poder.
Vamos pensar: o que é
você?
Se você respondeu sua
profissão ou alguma qualidade sua, está confirmada a sua ignorância
sobre seu verdadeiro ser. É isso que te faz ter medo. Por exemplo,
alguém que respondeu ser um arquiteto vai fazer de tudo para ser um
bom profissional e para continuar a ser. Se algo ameaçar essa
posição – um colega de trabalho ou a crise econômica, etc –
vem o medo. Medo de perder a própria identidade. Se não for mais
arquiteto ou não tiver qualquer profissão, você deixará de
existir por isso? Tem pessoas que se identificam com qualidades,
romântico, generoso, poderoso, etc. É a mesma situação, se algo
ameaça essa posição, vem o medo. Por acaso se você deixar de ser
romântico, deixará de existir? Claro que não.
Agora que já sabe que
você não é a sua profissão ou suas qualidades, pense: quem é
você?
Aposto que respondeu o
seu nome ou que você é um ser humano. Outra resposta equivocada. Se
você se identifica com seu nome ou com seu estado atual de
humanidade, vem o medo da morte. Será que com a morte deixamos de
existir? É bom pensar nisso. Se nos identificamos com qualquer coisa
externa – profissão, virtudes, espécie, etc – há o perigo de
sermos usurpados. Por isso nosso sistema de defesa é ativado, o
medo.
O medo, como sentimento
natural do ser vivo, serve como alerta de perigo. Essa é a sua
função, ele é uma ferramenta.E, como ferramenta que é, está sob
seu controle. Assim como o ego (que é outra ferramenta), o medo não
pode ser a base de suas ações, ele não é você.
Ramana Maharshi propõe
um exercício simples mas profundo para descobrirmos nossa real
natureza. É o seguinte:
Sente-se em um lugar
tranquilo e em uma posição confortável, respire profundamente e se
faça a pergunta: Quem sou eu? Com certeza virá alguma resposta. Não
a aceite como verdadeira. Respire e se pergunte de novo: quem sou eu?
Sua mente procurará por outra definição. Não a aceite. Respire e
pergunte novamente, e de novo, e de novo, até que não consiga mais
achar resposta alguma. Mantenha esse estado e respire. Esse é seu
verdadeiro “eu”.
Você está muito além
dos rótulos. Nada nesse mundo pode te descrever apropriadamente.
Você simplesmente é. E sendo esse simples e indescritível Ser,
nada pode te atingir, ou te destruir. Você é pleno em si mesmo,
nada te falta. Você poderá perder seu emprego, sua família, sua
dignidade, seu corpo e, ainda assim, seu Ser não será alterado.
Esse é o fim do medo e o começo do Amor., pois somente sem medo
podemos amar. Amar incondicinal e universalmente.
Faça esse exercício
até que o medo tenha ido embora. Passe adiante esse ensinamento,
essa ferramenta, para que no nosso mundo tenha mais amor e menos
medo.
----------- Bruna Pinto
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Gostei da colocação de que nossas profissões: arquiteto, pedreiro, professor... não define quem somos. Ou mesmo certas qualidades como generoso, paciente, etc. Pois estas características ou habilidades, são meios pelos quais expressamos parte do que escolhemos ser. Sendo assim, o que define o que somos então? Isso é algo complexo e desafiador demais para que alguém possa responder pelo outro! Gosto porém, do que Donald Walsch diz à respeito em seu livro Portadores da Luz (Ed. Nossa Cultura, 2011, p. 5 e 6): “(...) Se sua vida está sem direção, é porque você não estabeleceu uma direção. Se sua vida não tem realizações, é porque você não sabe o que quer realizar. Se você não sabe quem (ou o quê), você é, é porque você ainda não decidiu o que quer ser. Pois a vida não tem um objetivo maior, senão, aquele que a própria pessoa decide que seja o objetivo de sua vida.” Em outras palavras, não há uma fórmula pela a qual a pessoa descubra quem ela é; simplesmente porque é ela mesma quem deve decidir quem (ou o quê) deseja ser. Isso significa, que as coisas ou a nossa própria vida tem o significado que a gente dá a ela. De modo que não há uma “essência” dentro do ser humano a ser descoberta ou despertada, mas, caminhos, potenciais e possibilidades que cabe à própria pessoa escolher. Quanto ao medo, não há como se livrar dele, ele faz parte de nós e estará em tudo o que fizermos. A experiência mostra que se quisermos superar algo temos de aprender a agir mesmo com medo; decidir mesmo com medo e avançar mesmo com medo! Walsch diz: “Assim que você decide quem e o que você é, tudo o que não se assemelha a isso virá à tona. (Pág. 2)” Daí, o medo sempre fará parte da vida. Por fim, se eu tivesse que dar algum conselho sobre o tema dessa postagem seria: “Não procure descobrir quem você é! Pois isso é muito complicado, custará anos da sua vida e não haverá garantia alguma de que a resposta final seja verdadeira. Apenas sente- se e decida isso por si mesmo. Não se pergunte... afirme!”
ResponderExcluirJadem, entendi o que você quis dizer. Coragem e confiança são muito importantes para vencer o medo e seguir adiante. Walsch nesse trecho não está falando do ser na essência, está dizendo sobre a atitude que se tem perante a vida. E é justamente por existir essa essência é que temos a possibilidade de escolher os caminhos que queremos percorrer nesta vida. Da forma como você colocou a vida é uma eterna luta, e onde há luta não há paz. Esse é o problema da identificação com o externo, é preciso sempre um estado de alerta para não deixarmos de ser aquilo que achamos. Mas quando descobrimos que existe algo além da nossa compreensão e que esse algo está em nós também, deixamos de dar tanta importância a quem "somos" perante o mundo e passamos a nos questionar quem somos de verdade, quem somos quando não há mais nada? É aí que encontramos nossa essência, nela há paz, pois ela não depende de tudo isso que está à nossa volta. Mas como você mesmo disse é um caminho que deve ser trilhado por cada um.
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