SE SOU FEMINISTA? NÃO. SOU TODOISTA!

O movimento feminista nasceu no século XIX levando adiante os ideais da Revolução Francesa, “liberdade, igualdade e fraternidade”. Buscava direitos iguais entre homens e mulheres, e a quebra da cultura patriarcal. Muito nobre e importante para a nova visão de mundo que estava se formando. Muitas das conquistas femininas tiveram início nesse movimento.

Claro que não podemos generalizar, mas vejo hoje uma tendência à conversão do feminismo para o femismo - que é o parente direto do machismo - ou seja, não se busca mais a igualdade de direitos, mas a supremacia feminina.

Temos grupos só de mulheres, partidos só com mulheres, seitas só de mulheres, as mulheres pensam melhor, as mulheres são melhores para liderar, as mulheres...e por aí vai. Nada teria de mais não fosse o caso de ser justamente esse o comportamento questionado por elas nos homens.

O grande problema de todos os “ismos” e “istas” é que eles rotulam. E, como todos os rótulos, são limitantes. Servem para polarizar, dividir e criam disputas.

O mundo já está muito dividido e sofremos com isso. Precisamos de união e integração. Homens são tão importantes quanto mulheres; o dia é tão importante quanto a noite; o verão tanto quanto o inverno; o redondo tanto quanto o quadrado; o idoso e a criança; a presa e o predador; a ida e a volta; a vida e a morte; o bem e o mal. Um não existe sem o outro. Não são opostos, são complementares.

Por isso quando me perguntam se sou feminista, ou comunista, ou budista, ou qualquer outra coisa, respondo que sou TODOISTA. Defendo o direto ao Todo. Harmonioso e dinâmico, onde nada se excluí e tudo tem igual importância.

-------- Bu Pinto



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