QUEM É VOCÊ QUANDO NINGUÉM ESTÁ OLHANDO?
Aquele que você mostra
ser para as pessoas é o mesmo que você enxerga quando olha no
espelho?
E aquele que você vê
no espelho é o mesmo que está aí dentro?
Todos nós
representamos papéis, vários papéis, durante o dia. A mãe
carinhosa, o trabalhor sofrido, o velho jovem, o adolescente
rebelde... Fazemos isso para despertar algum sentimento em quem nos
observa. Pode ser que muitos desses “personagens” sejam
inconscientes ainda mas, com certeza, temos consciência de alguns.
Quem nunca deu um sorriso falso? Hein?
O que você faria se
não existissem punições e nem recompensas pelos seus atos? A
maioria de nós faria algo que hoje é considerado ilegal ou
desonroso. A humanidade é como uma criança, não conhece ainda seus
limites, nem suas potencialidades, precisa de um controle externo. Se
não existissem leis, a espécie humana estaria fadada à quase
extinção. O mundo seria uma loucura, não acha? Como não tem
autodomínio, foram inventadas diversas maneiras de condicionar seu
comportamento e com isso exercer poder sobre nós. Repressão, medo,
recompensas... só para citar algumas. Nesse condicionamento só os
limites são estimulados, as potencialidades individuais não
interessam, pois seriam um empecilho para o exercício do poder, para
o controle.
Como temos a
necessidade de aceitação, de fazer parte do grupo, às vezes,
deixamos de ser nós mesmos para agir de acordo com o esperado
social, ou religioso, ou familiar (nos deixamos condicionar). Acontece
que algumas pessoas são mais seguras de si, sabem das suas
potencialidades e não conseguem vestir tantas máscaras, ficam
sufocadas. O controle externo não tem poder sobre elas. Conseguem,
até certo ponto, ser elas mesmas. Mas pagam o preço da exclusão e
dos rótulos impostos. Rebelde, zen, insolente, de esquerda, de cima,
de baixo...de uma porção de coisas. Até de loucas. E, não
suportando viver em um ambiente desses muitos enlouquecem mesmo e,
quase todos vivem sozinhos. Consultando a história temos vários
exemplos de pessoas que ousaram ser elas mesmas e dizer a verdade, ou
fazer o que devia ser feito, e acabaram internadas ou, não raro,
mortas. Grandes personalidades frequentemente são excluídas da
sociedade.
Somente pessoas forte
conseguem ser realmente boas, pois assim nada pode correompê-las.
Nem o medo, nem dinheiro, nem a morte... nada...
Vamos fazer um
exercício de imaginação: imagine que não existissem leis, nem
punições divinas, nem recompensas por boas ações, você seria
aceito da forma como é. Você poderia fazer qualquer coisa –
qualquer mesmo – e continuaria tudo bem. O que você faria? Quem
seria você?
E então, esse que você
imaginou é muito diferente de você real? Qual foi seu sentimento?
Gostou do que viu, ou não? Gostaria de mudar?
Ramana Maharshi nos
ensina um bom exercício para acharmos nosso verdadeiro “eu”:
procure um lugar calmo, onde não será interrompido, e fique quieto.
Se pergunte “quem sou eu?” virão algumas respostas “sou a
Bruna” por exemplo, não aceite essa resposta e se pergunte
novamente “quem sou eu?” respostas como “sou um engenheiro”,
“sou um cidadão”, “sou da Terra” surgirão sucessivamente,
não as aceite e continue a se perguntar. Quando não conseguir mais
encontrar respostas, significa que seu ego desistiu de se impor e
ficou quieto. Continue em silêncio e observe o acontece. Você
retirou todas as máscaras, tirou todo o peso dos rótulos, você
está leve. Mantenha essa leveza e entrará num estado de plenitude.
Para Ramana Maharshi esse é você.
Faça esse exercício e
se livre das amarras sociais, viva como o ser pleno que você é.
------------ Bruna
Pinto
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